quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SUGESTÕES PARA REDUZIR ENCHENTES EM JOINVILLE

Quando o prédio do IAPI (acho que é isso) foi construído, alí proximo do Tenis Clube, nossa legislação era bem menos exigente e, muitas outras construções, a jusante dos rios Cachoeira, Mathias, Jaguarão e Morro Alto, já haviam sido construídas ocupando às margens ou até por cima do leito. Iniciou já nos primórdios da colonização o processo de ocupação das margens e, ainda hoje, permanece acontecendo uma ocupação irracional, mesmo com a atual legislação que é muito mais exigente.

O Rio Cachoeira tinha, ali onde está a ponte da rua 9 de Março , em 1928, cerca de 15 metros de largura e, posteriormenete, uma obra do Ministério de Obras e Viação do Governo Federal retificou o leito a montante, ampliando a calha para 18 metros, isto por volta dos anos de 1938.

Foi na gestão Wittich Freitag que o Rio Cachoeira foi alargado para cerca de 35 metros (largura atual) quando também foram ampliadas as pontes da Rua Dona Francisca e Itaiópolis (é possível ver estes alargamentos das pontes ainda hoje). Erroneamente, estas pontes foram ampliadas de montante para jusante, faltando justamente a ampliação da ponte da 9 de Março e a do Mercado Público.

Aliás, eu penso que a ponte da 9 de Março poderia ser hoje uma mera passarela para pedestres visto sua pouca importãncia para o tráfego de veículos.

O estrangulamento causado por esta ponte nos períodos de chuvas intensas gera um aumento do nível, de um lado para outro, de Norte para Sul, com difrença que supera os 50 cm como quando vimos nesta quarta-feira. O caso se agrava ainda mais quando existe estes eventos associados a maré. Esta constatação foi identificada pelo engenheiro Leones Greipel, talvez um dos mais profundos conhecedores do nosso sistema hidrográfico.

Alguma avaliações inidicam uma alternativa que vem sendo apresentada há algum tempo, feita a alguns  para prefeitos, mas nenhum se mostrou interessado. A solução não é uma novidade e tem custo final menor, pois evitaria desapropriações (embora eu ache o prédio feio também) e, olhando pela escassez de recursos do erário recomenda soluções mais baratas e eficazes.

A imagem mostra uma alternativa diferente daquela que propõe a demolição do prédio verde e é a minha contribuição para que tenhamos outras propostas que possam irrigar um amplo debate sobre as enchentes em Joinville. É necessário acabar com esta imbecilidade de achar que só os técnicos lotados na Prefeitura (ou será lotando a) são os donos únicos do conhecimento e das decisões dos desígnios desta cidade.



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