quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

UM CARLITO SEM GRAÇA

Vai-se longe o discurso da pratica e como um hábito corrente na vida política brasileira, Joinville se inclui e anda a passos largos nesta lida. A bandeira da histórica da vida pública e política de Carlito Meers sempre esteve associada ao transporte coletivo em Joinville. Empunhou bandeiras, mobilizou greves, usou a justiça para conquistar mudanças.
Ao assumir o poder executivo municipal, aparentemente, rasgou estes seus antigos compromissos mas também as promessas de campanha, passando a ser um igual e comum na vida pública brasileira, mostrando um governo com nuances apáticas, escusas, usando dissimulações nas justificativas que vão contra as bandeiras outrora defendidas. Assim, a Cidade para Todos não acontece, suscitando na mente a ideia de que, novamente, o ego supera a humildade e o compromisso ético que deveria nortear o exercício da função pública.
O que nos espera para o futuro é algo realmente incerto. Das inúmeras promessas, a que não sai da cabeça é a de que este governo daria publicidade no cálculo da planilha para definição da tarifa do transporte coletivo. Onde ela está, onde ela anda?
A transparência tornou-se opaca e, agora, obscura. Se não são mentiras as diversas maneiras de justificar o aumento da tarifa de ônibus, é certo que houve um convencimento qualquer de que ainda vale o antigo e surrado processo do teatrinho, onde as empresas permissionárias pedem X e, o poder público, para demonstrar sua inflexibilidade, aprova uma parcela de X. Quando a promessa falha a mentira toma o lugar.
Carlito prometeu debate, prometeu transparência da planilha, prometeu transparência da gestão do sistema de transporte e das demais políticas públicas. A modelagem contratada para o novo sistema já está sob suspeita pela mesma razão da falta de transparência. Segue sendo a mesma coisa dos que o antecederam, mas com o viés mais grave, pois o atual prefeito veio como um arauto das mudanças. Não é e não será.