quarta-feira, 2 de março de 2011

PROVÉRBIO

Se planejamos para um ano, plantamos arroz.
Se planejamos para dez anos, plantamos árvores.
Se planejamos para cem anos, preparamos pessoas.

Provérbio Chinês

terça-feira, 1 de março de 2011

O PLANO "B" PARA O PLANO DE DRENAGEM URBANA

Como não existem os recursos financeiros para executar as obras previstas no Plano de Drenagem Urbana de Joinville recentemente elaborado, obras estas que estão estimadas e, R$ 1,2 bilhões, está sendo pensado uma espécie de "Plano B" para resolver o problema das enchentes cuja operacionalização pretende ter um forte laço de envolvimento, integração e apoio da comunidade. As imagens a seguir são ilustrativas mas espelham uma das sugestões propostas por um bem humorado cidadão para eliminar as enchentes na cidade.


Em tempo. O "B" do Plano deve ser de BALDES.

AINDA OS BITRENS

O Bitrem é aquele caminhão absurdo que roda nas nossas mal planejadas, executadas e mantidas estradas sendo uma combinação de dois semi-reboques acoplados entre si através de uma quinta-roda situada na traseira do primeiro semi-reboque, tracionados por um cavalo mecânico. Esta conjunção de caminhão e trem é o máximo que a força corporativa dos transportadores conseguiu para convenser ao CONTRAN a mudar as normas e limites de tráfego e, dizem que a mudança se deu depois de muita prostituta, champagne, vinho e wisky importado.

Como não temos estradas de ferro, transformamos nossas rodovias em comboios de caminhões que dominam e tomam conta de todas as rodovias do Brasil. São hoje os donos das estradas, pois quem ousaria enfrentar 30 metros de caminhão e cerca de 80 toneladas estáticas que, se em movimento a 100 km por hora (velocidade comum destes mastodontes rodoviários), significando, na realidade mais de milhres de toneladas de impacto quando em movimento.

No Brasil, o uso desta composição foi regulamentada inicilmente pela Resolução do CONTRAN 68/98, e atualmente pela Resolução 211/06, alterada pela 256/07.

Os bitrens tradicionais eram compostos por sete eixos, sendo o cavalo mecânico do tipo 6X4 ou 6X2 e mais dois semi-reboques de dois eixos cada. O limite máximo de PBTC (Peso Bruto Total Combinado) varia de acordo com a legislação de cada país. No Brasil o limite é de 57 toneladas, com a capacidade de carga útil de 38 a 40 toneladas, dependendo do peso do veículo. O comprimento é limitado entre 17,15 e 19,80 metros, para circulação sem Autorização Especial de Trânsito.

Mas aí conseguiram regulamentar os bitrens de nove eixos, tracionados por uma unidade tratora do tipo 6X4, três eixos em cada semi-reboque. No Brasil o PBTC máximo é de 74 toneladas e o comprimento de 25 e 30 metros. 30 metros de caminhão é igual a um prédio de 10 andares deitado


O problema se agrava mais ainda em função dos condutores destes véículos não estão preparados para dirigí-los e, seus patrões exigem rendimento, ou seja, velocidade máxima de deslocamento para aumentar ganhos em escala. Sendo assim, um acidente com estes monstros significam prejuízos imensos  e perdas de vidas, além do que nossas estradas e pontes não estão em condições de recebê-los.


" Especialista diz que BRs brasileiras não foram feitas para caminhões com cargas combinadas e até 30 metros."  Leia a matéria:
http://www.intelog.net/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=715548&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=470504&Titulo=Carretas%20bitrem%20carregam%20inseguran%E7a%20no%20Anel%20Rodovi%E1rio

Esta é uma pequena parte do legado maldito de um país que não tem planejamento.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

PAGANDO MICO 01 - ONDE ANDA O JET BUS?


Inicio este post com o título "Pagando Mico", onde serão postados diversos engodos e mentiras pregadas à população nos últimos tempos. O primeiro é sobre o Jetbus que foi alvo de muitas reportagens em Joinville. Voces lembram?

Inaugurado com pompa e circunstâncias, pelo menos umas tres vezes, o jetbus de Joinville nunca mais apareceu nas águas da Babitonga nem nas páginas dos jornais. Onde anda este meio de transporte que consumiu dinheiro público a rodo? Eis as notícias que circularam há pocuo mais de dois anos trás:


JetBus é inaugurado em Joinville

As viagens comerciais começam neste sábado

Rodrigo Stüpp


Com fogos de artifício e até champanhe, foi inaugurado o JetBus. O barco que fará a travessia entre Joinville e São Francisco do Sul todos os dias zarpou na manhã desta sexta-feira. A primeira viagem oficial foi cheia de autoridades.

Na cerimônia de inauguração, o governador Luiz Henrique lembrou a luta para fazer o projeto andar.

— Faz dez anos que lutamos por isso. Houve problemas de todos os lados, mas conseguimos, e este é um momento muito importante — disse LHS.

Depois da queima de fogos e o buzinaço, o JetBus zarpou e chamou a atenção de quem mora às margens do cachoeira. Acenos, fotos e vídeos vinham das casas e também da Ponte do Trabalhador, por onde o barco também passou.

As viagens comerciais começam neste sábado. Os horários são mais ou menos regulares, mas dependem da maré, por causa da pouco profundidade do rio Cachoeira em alguns pontos.
 
Nota do Blogueiro:  Se tiverem alguja contribuição, por favor encaminhem.

CIDADE SENSUAL - ENSAIOS EVOLUTIVOS

A cultura urbana que o homem instalou no final do século XX tomou uma nova dimensão neste novo século. Cidades gigantes, com mais de dez milhões de habitantes estão espalhadas por todos os continentes. Metade da população mundial vive nas cidades, uma proporção que está em constante crescimento e que nos obriga a considerar novos modos de vida urbano. Esse crescimento certamente não é sem conseqüências, ele causa problemas sociais e de funcionamento numa escala nunca antes vista, ameaçando não apenas os recursos do nosso planeta, mas também a vida coletiva.


Uma corrente do “International Planning” estabelece soluções genéricas, onde a tecnologia é onipresente, concebidas como uma infra-estrutura, um universo artificial, cheio de potencial, mas também cheio de restrições que o homem deve se adaptar mais do que se beneficiar.

A oposição nostálgica entre a cidade e a nação deixou de ser pertinente, a grande cidade de hoje passa a ser pensada num panorama nacional e global, conciliando-se com uma natureza artificial, tentando reconciliar-se com o ambiente natural residual em busca de um mundo harmonioso em que a tecnologia serve ao homem e não o inverso.

Uma das vertentes de pensamento do novo urbanismo sugere um novo conceito que é a “Cidade Sensual”, numa abordagem do desenvolvimento sustentável como prioridade. Isto não tem haver apenas com a redução do consumo de energia ou de materiais, mas parte da idéia de criar um mundo urbano diferente onde as possibilidades tecnológicas, que nos parecem ser ilimitadas pela constante inovação e criação, venham a ser revertidas para uma mudança de postura da sociedade. É provável que as questões meramente técnicas do uso de combustíveis, do aquecimento, das energias renováveis, etc. - serão reguladas pela técnica em si.

A questão é como será viver nas cidades com todas estas inovações se o conjunto do tecido social ainda é arcaico ou insurgente quanto a distribuição do conhecimento e dos benefícios oriundo destas inovações marcada pelas restrições de setores corporativos ou políticos de domínio absoluto, num jogo onde se coloca em pauta uma real qualidade de vida - e não a sua apenas de sobrevivência.

A Arquitetura e Urbanismo podem assumir um importante papel nesta tarefa de distribuir as inovações tecnológicas, especialmente para os setores ou segmentos sociais que estão normalmente à margem destes benefícios. O conforto, no sentido humano, tem haver com arquitetura, pois é sinônimo de iluminação, climatização, ambientação, mobilidade, etc. Mas a cidade sensual náo será apenas isto.

A hiperfuncioalidade expressa em muitos projetos ou criações motiva, na arquitetura, no urbanismo e na engenharia, o desenvolvimento de novas tecnologias, que muitas vezes vão além da realidade palpável sendo o ponto de partida dos limites de qualquer projeto.

O “International Planning” passou a ser uma espécie de estilo comum a todos os países e a todos os autores, virando um programa conceitual, utilizando as formidáveis tecnologias que transpassam fronteiras mas que, muitas vezes descaracterizam traços culturais, condicionante que não pode ser desprezada na harmonização das cidades e suas identidades.

Até onde o  “International Planning” como conceito genérico pode opor-se a uma cidade contemporânea em harmonia com a natureza, com o clima, com uma vida em comunidade, com a mudança das estações, com a memória da passagem do tempo. Os conceitos genéricos devem ser substituídos por uma visão mais contextual?

A inovação deve ter como foco o enfrentamento dos desafios sociais de uma nova natureza. A cidade tem resultados funcionais do crescimento excessivo, com sérios riscos de explosão social. Para nós, arquitetos e urbanistas, pensar sobre a cidade e sobre as mais variadas constatações leva-nos a explorar territórios híbridos requerendo uma renovação radical dos padrões de desenho e soluções. A idéia da concepção de uma cidade sensual pretende ilustrar a possibilidade de construir uma paisagem urbana dentro de uma experiência sensorial, relacionada com quem nela habita, de forma mais completa, onde o resultado venha a ser totalmente perceptível e oportunizada por aqueles que nela vivem.