quinta-feira, 30 de junho de 2011

A RAPOSA

Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.

Todos os dias, o lenhador, que era viúvo, ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:

-Lenhador, abra os olhos!

-A raposa vai comer seu filho.

-Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!

Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente.

Desesperado, entrou a correr no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranquilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.

O Lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.

Moral da estória:

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar. Quantas amizades já foram desfeitas, lares destruidos, quantos mal entendidos, tudo por causa da influência e do julgamento de outras pessoas. Por isso, nunca tome decisões precipitadas, nada melhor do que o diálogo, ainda que você encontre a "raposa" com a boca cheia de sangue...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

“ARQUITETOS TRAVAM GUERRA DECLARADA NA CIDADE”


Segundo a última versão oficial (pelo menos foi uma opinião exposta por um membro do alto escalão do governo municipal num evento público), os arquitetos da cidade de Joinville estão travando uma “guerra declarada” pelo direito ou paternidade do desenho ou do planejamento urbano.

Se esta declaração fosse originária de alguém desvinculado do governo, poderia ser levada como um elogio, uma referência positiva na medida em que o debate caloroso e vigoroso é a alma de uma sociedade democrática, mas partindo de quem fez a declaração, certamente a opinião é altamente pejorativa e contida de alta carga demeritória.

Na verdade, penso que a intenção desta declaração foi dirigida a dois ou três “pseudo-especialistas” (assim resolveram designar aqueles que se opõe a fórmula estabelecida pelo urbanismo oficial) que “sem qualquer qualificação” ficam a criticar as ações do governo municipal de Joinville para com o planejamento da cidade.

Não obstante a esta brutal generalização, até porque a grande maioria dos profissionais arquitetos e urbanistas situados na cidade não estão nem aí para o planejamento da cidade, também foram estes profissionais acusados de desmerecer uma advogada, no caso a atual presidente da Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville.

Outro equívoco, pois quem se manifestou formalmente pela nomeação de um arquiteto urbanista, profissional legalmente habilitado para tratar e se responsabilizar pelas políticas urbanas, foi o Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville – CEAJ, entidade com 56 anos de existência que carrega em seu extenso histórico a luta pelo reconhecimento dos profissionais que abriga. O CEAJ já havia tomado à mesma posição em outros momentos da política local, inclusive recentemente quando da nomeação do Sr. Geovah Amarante, que embora um político conhecido, não tinha qualquer formação na área. A questão da reivindicação apresentada pela entidade profissional não apenas é normal, correta e histórica, mas primou pelo respeito à s instituições sem desmerecer a capacidade e integridade da pessoa nomeada.

Esta generalização não é apenas um equívoco, mas acima de tudo conspira contra a luta dos arquitetos e urbanistas pelo reconhecimento de suas atribuições técnicas e profissionais adquiridas na academia e no cotidiano para as tarefas de planejar as cidades, sendo agentes necessários de transformação para a qualificação da vida urbana.

O pior deste episódio lamentável é o fato de que o autor desta generalização é um arquiteto e urbanista.

Seria então um reconhecimento a incompetência? Se for, este reconhecimento é de cunho geral ou pessoal? Dificilmente saberemos.