terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

SERIA YOANI SÁNCHEZ A JOANA DARC DOS TEMPOS MODERNOS EM CUBA?

A cubana Yoani Sánchez era uma ilustre desconhecida da maioria dos brasileiros até desembarcar por aqui nesta semana quando militantes de esquerda, pró Castro, fizeram manifestações de repúdio a ela nos aeroportos e locais públicos da Bahia e Pernanbuco.
 
Segundo o Blog do Tarso, a blogueira cubana Yoani Sánchez é uma farsa. O blog afirma que uma investigação descobre fraude da blogueira cubana Yoani Sánchez. Velha opositora (Yoani tem 37 anos de idade enquando a ditadura Castrista já tem 54 anos) do governo cubano, a blogueira Yoani Sánchez teve um dos seus truques revelados pelo jornalista francês Salim Lamrani (Salim é ativista pró Cuba). De acordo com uma investigação conduzida por ele, o perfil de Yoani Sánchez no Twitter é artificialmente “bombado” por milhares de perfis falsos. Sob o nome de Generación Y, o mesmo do blog que a deixou famosa, o perfil de Yoani no microblog tem 214 mil seguidores. Considerada pela mídia estrangeira como “influente”, ela é seguida por apenas 32 cubanos ( não há acesso à internet ou celulares aos cidadãos cubanos em Cuba). (...)
 
Eu gostava, no passado, de ler as manifestações românticas sobre ideologias de esquerda e sua relação amorosa com Cuba, mas o mundo mudou e Cuba permanece lá, inerte, muito mais do que intacta, embora o volume de dólares no cambio negro seja maior que as divisas do país nos bancos ideológicos de Caracas e outras pesudo-republiquetas . O romantismo nos lega a imagem de um país 

adormecido, com certa pureza de princípios e medicinas curativas, uma bela adormecida anestesiada da esquerda.
 
 
A ideologia é hoje um tempero residual no contexto político moderno, os embates tem outra faceta, e são bem mais cruéis e ainda muito medievais.
 
Talvez devessemos decretar Cuba uma API - Area de Proteção Ideologica, para que nenhuma outra ideologia penetrasse em seu território, como aliás tem sido, de dentro para fora, nestes 54 anos de Castrismo.
 
Mas e o povo de Cuba o que pensa? A pergunta é mais ampla: O que o povo, e não a ditadura cubana, quer para si?
 
Lembro-me do filme do Werner Herzog, o "Enigma de Kaspar Hauser", em que um sujeito aprisionado por anos que é libertado mas não entende o mundo exterior, porque não lhe foi permitido o acesso nem a escolha de como viver diferente do que tinha, pouca luz, um cavalo de madeira e um tratador que lhe dava rações de comida diárias, visto que era prisionéiro num porão desde seu nascimento.
 
Porque Yoani Sanchez e seu blog teria um viés tão maligno e perverso, alardeado por Salim Lamrani, se o  ciberativismo do Julian Assange é comemorado por ele e pelas correntes de esquerdistas que a condenam. Para algumas coisas a ideia vale, para outras não.
 
Enfim, deixem a Yoani dizer o que pensa, porque se ela for a Jeanne d'Arc de Cuba, não serão os estudantes baianos ou pernambucanos que vão impedir isto, embora eu pense que isto está longe de acontecer pela falta de penetrabilidade de suas manifestações em sua terra natal. 
 
A contrarevolução em Cuba é mais fácil de ser protagonizada pela Marina de La Riva ou a Glória Estefen do que pela Yoani, afinal ela acaba servindo ao Castrismo (que anda meio morto e pedindo água) para manter acessa, fora de Cuba especialmente, a ideia de qie a "Ilha" é o paraíso e de que que o mundo ainda é governado por ideologias.