sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Uma Frase para Refletir

"De que me adianta viver na cidade se a Felicidade não me acompanhar."

Sérgio Reis

JOINVILLE - ÁREAS DE TRANSIÇÃO

As área de transição proposta pelo IPPUJ, reprovadas por uma grande maioria da sociedade, aprovada pelos vereadores e, finalmente homologadas pelo prefeito de Joinville, serão a transformação de espaços muito frágeis, definidos como um ambiente rural ou natural, para algo que não tem forma, mas que é possível entender como se dará o processo de ocupação e, seu respectivo efeito para a cidade.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

JOINVILLE - 500 MIL HABITANTES

No final da década de oitenta e, ao longo da década de 90, tínhamos uma obsessão para que Joinville tivesse 500 mil habitantes.  Nunca entendi isto. Num país sem póliticas sociais e urbanas consistentes, ter uma população de meio milhão e pessoas me passa mais um sentimento de temor do que própriamente de orgulho ou satisfação.

Assim como a praça com uma fonte luminosa ou a escada rolante, ter 500 mil habitantes servia como um sinal de desenvolvimento. Ledo engano. Nossa realidade econômica e social nos deveria levar a uma outra reflexão de que, atingir esta população é um sinal para resolver com muita brevidade as dissiparidades sociais, as demandas reprimidas e os problemas ambientais. Desprovidos de uma pauta de ações e estratégias para um desenvolvimento durável e sustentável, parece que nos resta apelar a outras formas que nos permitam antever o futuro.

A numerologia explica o 500. Ele é regido pelo 5 que significa Sensatez, Dever e Responsabilidade. É o número da compreensão, da justiça, da liberdade, das mudanças. O número 5 também significa uma missão a cumprir. A orientação da numerologia sugere que devemos nos guiar por um conjunto de orientações, para aconselhar, para ouvir e ajudar a todos incondicionalmente. O otimismo, a generosidade e a disposição são fatores importantes do número 500.

O número 500 tem ainda as seguintes características:

  • Vibrações Positivas: Altruísmo, inteligência, generosidade.
  • Vibrações Negativas: Orgulho, insensatez, atrevimento.
Curiosamente, a transposição do 400 para 500 deveria nos fazer refletir melhor sobre a cidade e a sociedade que temos e, aquela que queremos. Vou repetir, TEMOS e QUEREMOS, todos nós, os 500.258 joinvillenses e, não apenas alguns poucos que tem decidido o rumo da cidade a seu bel prazer e interesse.

Lendo algumas notícias, deparei-me com uma informação importante da cidade de Maringá no Paraná, que pode nos servir de guia, a qual segue:

Plano quer cidade autossustentável e população limitada em 500 mil habitantes
Projeto “Maringá 2030”, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Codem, vislumbra uma cidade com alto nível de qualidade de vida e com o desenvolvimento populacional estabilizado em 500 mil habitantes no ano de 2030.

Setor de tecnologia. Esse é um dos principais nichos da economia escolhido para tornar Maringá uma cidade desenvolvida, rica, com elevados níveis de emprego e renda melhor distribuída entre os habitantes. O setor tecnológico deve proporcionar ainda a instalação de indústrias não poluentes que garantam a sustentabilidade do meio ambiente. É o que vislumbra o Plano Maringá 2030, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem) e mais 166 entidades do município, que dentre os anseios também quer a limitação da população em 500 mil habitantes.

O Codem propõe que Maringá se torne a cidade modelo descrita no Plano, mas para isto é necessário a implementação de uma série de políticas públicas, participação das iniciativas privadas, investimentos no desenvolvimento econômico, maior preocupação com as questões ambientais e valorização da cidadania. Mas o principal trampolim para que o plano dê certo seria o investimento em setores produtores de tecnologia (indústrias, empresas e instituições de ensino).

Parque Tecnológico - (Tecnoparque - programa de atração de empresas de alta tecnologia), que esta em andamento, seria o ponto de partido para gerar empregos, renda, além de garantir a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento social. Alavancará também o desenvolvimento regional, a agricultura, a indústria e os setores do comércio e serviços gerando demandas tecnológicas voltadas para o crescimento econômico de todos os setores. Com a geração de empregos proporcionada, Maringá busca ter cidadãos mais participativos e comprometidos com o futuro da cidade e com o próprio bem-estar.

O Porto Seco já instalado e os voos de cargas internacionais que Maringá recebe podem ser considerados o início do Plano.”

Transporte - Outra estratégia é integrar o sistema de transporte coletivo e de saúde de Maringá e da região metropolitana de modo a torná-lo único e descentralizado para minimizar o fluxo de veículos de transporte individual e melhorar o trânsito da cidade. Os sistemas de saúde deixariam de ser sobrecarregados com descentralização pretendida.

Meio Ambiente - A tecnologia de ponta é menos poluente e esta é uma das metas do projeto Maringá 2030 que visa reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. As atividades econômicas terão de ser alimentadas por fontes de energias limpas e bloquear a eliminação dos resíduos impactantes do meio ambiente.

Limitador populacional - O projeto fala ainda sobre a estabilização da população em aproximadamente 500 mil habitantes (atualmente são 335 mil). As entidades que representam a sociedade não desejam sofrer inchaço populacional. Manter e ampliar a qualidade de vida da cidade deve sercregulada com o fluxo migratório que deverá ter estratégias de qualificação da pessoas e da mão de obra.

Para aqueles que tem curiosidade, leiam o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Joinville, uma proposta com uma profunda base conceitual para o desenvolvimento da nossa cidade, proposta que foi construída por mais de 40 representações da sociedade, cuja transformação em ações concretas necessita muito mais do que técnocratas ou políticos. Necessita da vontade de uma sociedade consciente para construí-la.

500 mil habitantes é apenas um número, mas se visto do ponto da urbanização e do modêlo que seguimos nos últimos anos, é necessário uma profunda reflexão. Assim como Brasília foi planejada, na década de 60, para ter 500 mil habitantes no ano 2.000, com 500 mil habitantes Curitiba iniciou seu planejamento e os investimentos que a tornaram referência mundial há 30 anos atrás. Joinville, de lá para cá, foi deixando seus melhores predicados no caminho.

Então, qual será o nosso futuro nos próximos 30 anos? É possível imaginar?

Se não é possível imaginar, vamos nos guiar pela numerologia, usando a Sensatez, Dever e Responsabilidade como indicadores de comportamento social, pois se a numerologia não é um método científico, pelo menos ela nos direciona para um conjunto de comportamentos de ações necessárias ao nosso futuro e, nos permite previnir contra os maus preságios.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

UM VLT PODE COMEÇAR PELO TROLLEYBUS

O primeiro passo para a implantação de um sistema de transporte leve sobre trilhos - VLT,  pode ser a conversão dos ônibus à diesel em trolleybus (elétricos) ou híbridos (elétricos e à diesel) nos corredores seletivos ou exclusivos.

Aqui neste vídeo um teste do trolleybus em Arnhem - Holanda, cidade com 150 mil habitantes.

SER PEQUENO, PENSAR GRANDE

Ser pequeno e pensar grande é o que pode diferenciar as cidades com maior chance de sucesso das que se tornam comuns e caóticas. Portanto, cidades pequenas e médias podem obter vantagens aprendendo a evitar os erros das grandes cidades, especialmente nas questões do planejamento para a ocupação do território, na  atenção e antecipação das questões sociais,  na definição de estratégias de mobilidade e na prevenção e preocupação com o meio ambiente e situações de riscos.

Normalmente, as cidades menores têm maiores chances de resolver seus problemas, principalmente na antecipação aos já conhecidos problemas dos grandes centros urbanos. Por disporem de maior flexibilidade, com melhor e maior possibilidade de relação e comunicação com a comunidade, podem reduzir seus gastos operacionais e aumentar os investimentos, se corretamente dirigidos. Cidades pequenas e médias podem pensar a longo prazo, mas para isto é importante planejar e executar estratégias de forma sistêmica. Isto irá reduzir despesas futuras e aumentar a chance de sucesso.

Cidades pequenas ou médias que pensam grande, geram negócios com maior rapidez e com maior atratividade qualitativa.

É importante notar que os diferenciais de atratividade e desenvolvimento entre uma cidade grande com mentalidade pequena e uma cidade pequena com mentalidade grande estarão relacionadas justamente ao tamanho, a simplicidade, a maior operacionalidade na oferta de infra-estruturas e serviços dirigidos a resolução dos problemas, a um menor custo de execução ou manutenção e, a maior capacidade proporcional de gerar receita.

Cidades pequenas ou médias podem oferecer vantagens e resolver seus problemas com maior rapidez através de acordos sociais, que quanto melhor pactuados e administrados, maior será a capacidade de obter resultados com retorno positivos. Para isto, precisam começar a pensar grande quando se trata de adotar uma abordagem disciplinada para alavancar e controlar as estratégias de desenvolvimento sustentável e durável.

Alguns passos simples que podem ser tomados:

 Desenvolver um Plano Estratégico pró-ativo que pense uma cidade com capacidade de responder às demandas sociais, econômicas e ambientais de forma justa, viável, possível, correta e culturalmente aceitas;

 Definir indicadores para medir de forma consistente e transparente as rentabilidades sociais, econômicas e ambientais, o tempo empenhado, os resultados e as eventuais correções de rumo;

 Ajustar ações e projetos de forma específica e sistêmica, voltadas à metas de qualificação da oferta de infra-estrutura técnica/social  e para resolução dos problemas, envolvendo os responsáveis pelas ações como também os que dela serão beneficiados, imputando valores materiais ou imateriais, resgatáveis ou não

 Concentrar-se na manutenção e expansão dos programas e projetos estratégicos, evitando dispersão e desperdício de recursos, buscando continudadamente ações mais abrangentes e estruturais que podem reduzir despesas presentes ou futuras, aumentando os resultados, mantendo uma rotina para o desenvolvimento da cidade, incentivando ações inovadoras e estratégicas, substituindo aquelas que não obtiveram sucesso;

 Estabelecer um canal permanente de comunicação com a sociedade para buscar novas idéias a fim de reduzir as demandas e corrigir rumos, de tal forma que as iniciativas e o sucesso venham a ser apropriados e reconhecidos por todos.