Ser pequeno e pensar grande é o que pode diferenciar as cidades com maior chance de sucesso das que se tornam comuns e caóticas. Portanto, cidades pequenas e médias podem obter vantagens aprendendo a evitar os erros das grandes cidades, especialmente nas questões do planejamento para a ocupação do território, na atenção e antecipação das questões sociais, na definição de estratégias de mobilidade e na prevenção e preocupação com o meio ambiente e situações de riscos.
Normalmente, as cidades menores têm maiores chances de resolver seus problemas, principalmente na antecipação aos já conhecidos problemas dos grandes centros urbanos. Por disporem de maior flexibilidade, com melhor e maior possibilidade de relação e comunicação com a comunidade, podem reduzir seus gastos operacionais e aumentar os investimentos, se corretamente dirigidos. Cidades pequenas e médias podem pensar a longo prazo, mas para isto é importante planejar e executar estratégias de forma sistêmica. Isto irá reduzir despesas futuras e aumentar a chance de sucesso.
Cidades pequenas ou médias que pensam grande, geram negócios com maior rapidez e com maior atratividade qualitativa.
É importante notar que os diferenciais de atratividade e desenvolvimento entre uma cidade grande com mentalidade pequena e uma cidade pequena com mentalidade grande estarão relacionadas justamente ao tamanho, a simplicidade, a maior operacionalidade na oferta de infra-estruturas e serviços dirigidos a resolução dos problemas, a um menor custo de execução ou manutenção e, a maior capacidade proporcional de gerar receita.
Cidades pequenas ou médias podem oferecer vantagens e resolver seus problemas com maior rapidez através de acordos sociais, que quanto melhor pactuados e administrados, maior será a capacidade de obter resultados com retorno positivos. Para isto, precisam começar a pensar grande quando se trata de adotar uma abordagem disciplinada para alavancar e controlar as estratégias de desenvolvimento sustentável e durável.
Alguns passos simples que podem ser tomados:
Desenvolver um Plano Estratégico pró-ativo que pense uma cidade com capacidade de responder às demandas sociais, econômicas e ambientais de forma justa, viável, possível, correta e culturalmente aceitas;
Definir indicadores para medir de forma consistente e transparente as rentabilidades sociais, econômicas e ambientais, o tempo empenhado, os resultados e as eventuais correções de rumo;
Ajustar ações e projetos de forma específica e sistêmica, voltadas à metas de qualificação da oferta de infra-estrutura técnica/social e para resolução dos problemas, envolvendo os responsáveis pelas ações como também os que dela serão beneficiados, imputando valores materiais ou imateriais, resgatáveis ou não
Concentrar-se na manutenção e expansão dos programas e projetos estratégicos, evitando dispersão e desperdício de recursos, buscando continudadamente ações mais abrangentes e estruturais que podem reduzir despesas presentes ou futuras, aumentando os resultados, mantendo uma rotina para o desenvolvimento da cidade, incentivando ações inovadoras e estratégicas, substituindo aquelas que não obtiveram sucesso;
Estabelecer um canal permanente de comunicação com a sociedade para buscar novas idéias a fim de reduzir as demandas e corrigir rumos, de tal forma que as iniciativas e o sucesso venham a ser apropriados e reconhecidos por todos.
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