terça-feira, 1 de março de 2011

AINDA OS BITRENS

O Bitrem é aquele caminhão absurdo que roda nas nossas mal planejadas, executadas e mantidas estradas sendo uma combinação de dois semi-reboques acoplados entre si através de uma quinta-roda situada na traseira do primeiro semi-reboque, tracionados por um cavalo mecânico. Esta conjunção de caminhão e trem é o máximo que a força corporativa dos transportadores conseguiu para convenser ao CONTRAN a mudar as normas e limites de tráfego e, dizem que a mudança se deu depois de muita prostituta, champagne, vinho e wisky importado.

Como não temos estradas de ferro, transformamos nossas rodovias em comboios de caminhões que dominam e tomam conta de todas as rodovias do Brasil. São hoje os donos das estradas, pois quem ousaria enfrentar 30 metros de caminhão e cerca de 80 toneladas estáticas que, se em movimento a 100 km por hora (velocidade comum destes mastodontes rodoviários), significando, na realidade mais de milhres de toneladas de impacto quando em movimento.

No Brasil, o uso desta composição foi regulamentada inicilmente pela Resolução do CONTRAN 68/98, e atualmente pela Resolução 211/06, alterada pela 256/07.

Os bitrens tradicionais eram compostos por sete eixos, sendo o cavalo mecânico do tipo 6X4 ou 6X2 e mais dois semi-reboques de dois eixos cada. O limite máximo de PBTC (Peso Bruto Total Combinado) varia de acordo com a legislação de cada país. No Brasil o limite é de 57 toneladas, com a capacidade de carga útil de 38 a 40 toneladas, dependendo do peso do veículo. O comprimento é limitado entre 17,15 e 19,80 metros, para circulação sem Autorização Especial de Trânsito.

Mas aí conseguiram regulamentar os bitrens de nove eixos, tracionados por uma unidade tratora do tipo 6X4, três eixos em cada semi-reboque. No Brasil o PBTC máximo é de 74 toneladas e o comprimento de 25 e 30 metros. 30 metros de caminhão é igual a um prédio de 10 andares deitado


O problema se agrava mais ainda em função dos condutores destes véículos não estão preparados para dirigí-los e, seus patrões exigem rendimento, ou seja, velocidade máxima de deslocamento para aumentar ganhos em escala. Sendo assim, um acidente com estes monstros significam prejuízos imensos  e perdas de vidas, além do que nossas estradas e pontes não estão em condições de recebê-los.


" Especialista diz que BRs brasileiras não foram feitas para caminhões com cargas combinadas e até 30 metros."  Leia a matéria:
http://www.intelog.net/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=715548&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=470504&Titulo=Carretas%20bitrem%20carregam%20inseguran%E7a%20no%20Anel%20Rodovi%E1rio

Esta é uma pequena parte do legado maldito de um país que não tem planejamento.

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