Ontem participei de um seminário de mobilidade urbana em Criciúma onde a intenção é a dissiminação do conceito e soluções de mobilidade num espaçao semi-metropolitano da região carbonífera no sul do estado de SC.
Lá obtive a informação através do diretor da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, de que no ano de 2010 o ministério fechou convenios no valor de 518 milhões com Santa Catarina. Este é o mesmo valor dos cerca de 12 mil novos veículos que estarão rodando na frota de Joinville neste mesmo ano. Ou seja, somente neste ano Joinville precisaria mais 22 km de vias para acomodar, sem resolver as pendengas do passado, esta nova frota. A um custo de R$ 100/m2 a pavimentação, sem considerar desapropriações, necessitaríamos de 22 milhões de reais para abrir espaço no sistema viário. Se contabilizar um passivo de 10 anos sem investimentos em novas vias, consumiríamos 50% dos recursos destinados ao estado.
Para o Brasil, no ano que vem, considerando os investimentos previstos para a Copa, o orçamento do MC é de 18 bilhões de reais para a mobilidade urbana. É também o valor que a cidade de São Paulo gastará com a nova frota de veículos particulares em 2010, a ser incrementada em 500 mil veículos.
Sem uma política e estratégias objetivas, claras e aplicáveis para a mobilidade urbana, restrições rigorosas, subsídios ao transporte de massa e educação, muita educação, nossas cidades seguirão mergulhando num completo caos, a custo de milhares de vidas humanas (média de 22 mortes/100 mil habitantes/ano), bilhões de reais em desconomias geradas pela imobilidade a economia e, toda a sorte de traumas e despesas na saúde pública resultantes desta verdadeira chaga. O trânsito no mundo mata quatro vezes mais do que todas as guerrass e conflitos, segundo a ONU.
Depois da fome, que mata 25 mil pessoas por dia, o caos no trânsito das cidades é "peste negra" deste início de século.
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