terça-feira, 4 de janeiro de 2011

TERRA URBANA E AS INUNDAÇÕES

"A terra urbana como patrimônio, a terra urbana como ativo financeiro e a terra urbana como mercadoria é o que rege a política urbana em São Paulo. O problema é a concentração de oportunidades de emprego num território restrito, caríssimo e bloqueado para ser compartilhado pelas maiorias. Isso é o que nós temos que mudar. É uma mudança estrutural, e se ela não acontecer, todos os anos veremos o mesmo cenário com as chuvas. Não tratam a terra urbana com a sua função social, de acordo com a Constituição."

Raquel Rolnick sobre as políticas públicas urbanas e a inundações em São Paulo.


Podemos repetir a mesma frase para Joinville onde as recentes mudanças de macrozoneamento e uso do solo irão protagonizar a ocupação de áreas de várzea, antigos arrozais, solos pobres e frágeis, extensas áreas de amortecimento, locais de difícil acesso após a BR 101, áreas de preservação de mangues e outras barbaridades que só são defendidas por uma elite de uma meia dúzia de ricos latifundiários urbanos, sedentos edis e os doutores que hoje comandam a política urbana do município. Teremos aqui novas "Jativocas" mergulhadas sob as águas das cheias sem que apareça algum responsável mas, certamente, surgirão centenas ou milhares de vítimas.

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