Ref. Reajuste das Tarifas do Transporte Coletivo de Joinville
A Passebus comunica que a Prefeitura Municipal de Joinville publicou na última 5º feira, o decreto nº 17.355/2010 de 29 de Dezembro de 2010, que reajusta a tarifa do Transporte Coletivo do Município a partir de 00:00h do dia 05 de Janeiro de 2011, passando a passagem normal de R$ 2,30 para R$ 2,55 e a passagem embarcada de R$ 2,70 para R$ 2,90.
O atendimento da Passebus é de Segunda à Sexta-Feira, das 8h às 18h30, sem fechar para o almoço.
Atenciosamente,
PASSEBUS ADMINISTRADORA LTDA
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O comunicado acima foi encaminhado aos clientes e aos usuários do sistema de transporte coletivo de Joinville, que informa o aumento da tarifa decretada convenientemente no dia 29 de dezembro, quarta-feira, quando a maioria do munícies estava distraída tentando fechar as contas de 2010, em férias ou se preparando para a entrada do ano
Há pouca dúvida que a maior frustação com o governo Carlito Mers tem sido a falta de ação na aplicação de um política pública para a mobilidade urbana mas, em especial, a oferta de um sistema de transporte público de qualidade. A única ação concreta tem sido o aumento da passagem de ônibus acima dos índices inflacionarios resultante imediata da inoperância dos orgãos de planejamento e gestão e, da inexistência de fiscalização no sistema de transporte coletivo da cidade de Joinville.
O mais recente aumento da passagem sugere muitas perguntas, mas um delas não quer calar: Porque o prefeito distanciou-se da sua mais expressiva luta do passado que foi o transporte coletivo distante de favorecimentos, transparência na aplicação das políticas públicas e um novo marco regulatório para o setor? Neste ponto fomos traídos e, me coloco no bloco dos frustrados que depositou o voto na esperança que Joinville teria uma nova visão para com os serviços públicos essenciais, como é o transporte público.
O aumento da "passagem do ônibus" também aumentará drásticamente o "Custo Joinville", que vai desde o serviço mais doméstico até os mais importantes empregadores, onerando o custo final da produção e dos produtos em proporções que pode levar o desestímulo da oferta de empregos. Pior, o aumento da passagem incentiva aquisição do transporte individual, especialmente as motocicletas, um meio de transporte que mata diáriamente e torna o nosso Hospital São José caótico e deficitário.
O impacto em aproximadamente 11% na tarifa do transporte coletivo significa para as empresas permissionárias um adicional de quase 2 milhões ao mês na receita operacional sem que nenhum benefício seja garantido adicionalmente ao usuário, que também é cliente. Não há transparência, pois não existe uma planilha que tenha sido colcada à público, e sem este parâmetro ou disposição, surgem muitas perguntas intrigantes.
Por outro lado, o sistema perde passageiros por conta de uma política equivocada ou mais própriamente pela falta dela que, não apresentando inovações, busca "resolver" a ineficiência com aumento do valor da passagem, ancorando-se em desculpas mais do que esfarrapadas.
A verdade é que o Prefeito inexplicávelmente desinteressou-se pelo tema e, por consequencia, os gestores de sua confiança mostram-se pouco preparados e cada vez mais medíocres sem qualquer disposição em resolver esta questão, que é estratégica para o desenvolvimento urbano, para a economia e para a diminuição dos abismos sociais. Muito mais inquietante é apreciar relações e vínculos que se tornam muito delicados aos olhos dos munícipes.
Política de transportete público não é apenas resolver o chamado "equilíbrio economico financeiro", o problema de fluxo de caixa ou a contabilidade dos operadores. Transporte Público é certamente uma das mais eficazes ferramentas de justiça social quando o objetivo se torna oferecer serviço público digno, confiável, acessível e a preço justo. Porém não é isto que vai ocorrer nesta administração simplesmente porque não há mais tempo.
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