terça-feira, 28 de setembro de 2010

SEMINÁRIO OU OFICINA PARA SOLUÇÕES URBANAS

Em 2007 participei em Curitiba de um Seminário Internacional que tinha como tema a Requalificação da Paisagem Urbana da Área Central de Curitiba. O objetivo proposto e coordenado pela faculade de arquitetura da UNICENP foi o de ampliar as discussões acerca do tema e desenvolver propostas criativas para o centro da cidade, incentivando maior participação dos arquitetos e urbanistas no planejamento de Curitiba.

O Seminário teve um caráter acadêmico, mas pela presença e pelos especialista que ali estiveram, constituiu-se como um evento muito especial, podendo servir para outras cidades de modelo. As atividades do Seminário estruturou-se em:

- ateliês de projeto urbano;
- conferências nacionais e internacionais;
- comunicações.

A participação foi eclética e contou com acadêmicos e profissionais de arquitetura e urbanismo e dirigidos por professores de escolas internacionais convidadas. Nesta edição os diretores de ateliê convidados foram:

  • Espanha - Escola Tècnica Superior dArquitectura de Barcelona, ETSAB - UNIVERSIDADE POLITÈCNICA DA CATALUÑA
  • França -  Ecole Nationale Supérieure dArchitecture et de Paysage, ENSAP - UNIVERSITÈ DE BORDEAUX
  • EUA - School of Planning - College of DAAP - UNIVERSITY OF CINCINNATI
  • Uruguai - Facultad de Arquitectura FARQ - UNIVERSIDAD DE LA REPÚBLICA URUGUAY
A experiência legou inúmeras propostas para o centro de Curitiba maso destaque foi a participação de profissionais que apresentaram "cases" de intervenções urbanas bem sucedidas.

Fica a idéia para que seja protagonizada em outras cidades, especialmente em Joinville, onde as propostas que tem sido formuladas são sempre de um mesmo grupo que teima em não se relacionar com o público.

2 comentários:

  1. Devemos manter a idéia de que somente acadêmicos e arquitetos e urbanistas estão preparados a pensar e mudar a cidade?

    Um evento como da postagem é interessante, mas não é mais possível pensar um evento sem o envolvimento dos movimentos sociais, entidades de classe, organizações populares e afins.

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  2. Maikon. A proposta do evento não é excludente, mas ela pode também surgir num ambiente onde a temática tenha um pouco de ciência, de estudo e conhecimento, sem que ele seja restrito, obviamente. É necessário ter pensadores em qualquer ciência. A sociedade deve saber apropriá-la. Isto não significa que um seminário tenha que ser unicamente acadêmicos ou profissionais.
    A propósito, no seminário em Curitiba haviam muitas pessoas de formação diferente, que não eram do mundo acadêmico.
    Fiz o post como sugestão, uma idéia, num lugar em que este tipo de movimento pouco frutifica. Quando estive na UNIVILLE participando do seminário sobre transporte urbano, também senti que o público era mais acadêmico, pela própria natureza do lugar e localização e nem por isto é condenável a intenção. Mas concordo que os debates devam ter maior amplitude dentro da sociedade. Portanto, o que precisa ser feito é protagonizar este tipo de oportunidade.
    No CEAJ, a cada mes, realizamos um debate sobre temas da cidade. O último foi sobre a área central e, o próximo deve ser sobre habitação ou mobilidade. É aberto a todos que queiram participar e contribuir. Lá recebemos profisssionais, entidades, ONGs, etc., sem distinção.

    Finalmente, a questão de estar preparado para mudar a cidade é muito semântica, muito densa para o contexto de um seminário. Ele deve ser parte de um processo de mudanças e atitudes e, a cada peça que se juntar, neste imenso quebra-cabeça, poderá fazer a diferença no final, como por exemplo poderia fazer no próximo domingo. Porém, pelo que percebo, não teremos ainda esta mudança agora.

    Não sou adepto de visões sectárias e muito menos de posições excludentes, mas tenho também a responsabilidade de fazer que a minha classe profissional seja mais engajada, mais participativa e menos omissa. Para isto, vale a idéia que foi citada.

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