sexta-feira, 20 de maio de 2011

UM RELATO MUITO PREOCUPANTE

Caros Amabianos

Ontem realizou-se mais uma reunião conjunta das Câmaras Setoriais na ACIJ.

As sugestões da maioria das Câmaras não foram aceitas, bem como as nossas, com destaque para a testada mínima de 12m em substituição a proposta de 8m.

Resta-nos a Reunião do Conselho Consultivo e Deliberativo, (com redução gradativa na participação do nosso representante, candidato a Prefeito) e lá na frente a audiência pública na CVJ, ou seja, cada vez mais difícil.

A perda de paciência está recorrente, inclusive com o expositor e asseclas, principalmente por querer levar a apresentação sem debates, o que é um absurdo. A discussão engrossou ontem.

Por insistência na reunião anterior, pela apresentação dos princípios e diretrizes da mobilidade que nortearam a proposta da nova Lei de Ordenamento Territorial, foi apresentado um material com alguns dados de mobilidade (o material completo com mais de 80 quadros - está no site do IPPUJ -www.ippuj.sc.gov.br, na página do Conselho da Cidade, item Documentos em Análise - item 15)

Destaco 3 quadros sobre a mobilidade em Joinville, em anexo:

Quadro 52 - Observem as viagens de automóveis + motos = 40,49% , enquanto transporte coletivo apenas 24,56%, menor que a pé ou bicicleta com 34,24%.

Quadro 53 - Este padrão de 40,49% se comparado com o Benchmark Brasil para cidades até 500mil habitantes, demonstra um desvio de 37%, amenizado para 10% para a faixa de cidades entre 500 a 1.000 mil (como aponta a seta do autor).

Quadro 56 - A decrescente participação do transporte coletivo em relação a população da cidade é assustador. Já caiu 23% de 2000 para 2010. Informação do apresentador: enquanto Joinville transporta 24,86% da sua população dia, Curitiba transporta 100%.

Aí está Curitiba com suas áreas verdes, zoneamento, transporte e outros destaques mais, para ser copiado, sem pudores, seguindo o principio maior no assunto, conforme Lavoisier. O problema é os brios dos nossos planejadores que não aceitam copiar, sem adaptar, desconfigurar e esculhambar.

Lauri do Nascimento
Presidente da AMABA



Nota do Post.:

A fórmula que o Governo Municipal vem adotando, através do IPPUJ e dos representantes do governo no Conselho da Cidade, em relação ao Plano Diretor é absurdamente autoritária, ferindo todos os princípios que regem o Estatuto das Cidades e a Lei do Plano Diretor de Desenvolovimento Sustentável de Joinville. Quem está responsável pela condução da regulamentação do Plano Diretor não participaou de sua formulação, foi omisso, ausente e, enqunto pode, tentou barrar a participação da sociedade.

Digo mais, o representante do poder público passa a impressão de exercer relações de compromissos com alguns membros do Conselho da Cidade que exercem forte pressão nas reuniões e que apenas desejam preservar interesses privados, sem qualquer compromisso com a cidade e seu futuro ou com políticas públoicas sutentáveis.

Por fim, resta-me uma dúvida se posso configurar as atitudes de alguns membros do Poder Público Municipal no Conselho da Cidade de incompetentes ou carentes de cárater para ocargo que exercem.

É, na minha visão, dentre todas as mazelas que percebemos na condução dos destinos da cidade, a pior herança deste governo, pois o efeito destas atitudes na formulação das leis complementares do Plano Diretor será como a radiação nuclear, não pode ser vista, mas será inexorávelmente fatal para o futuro da sustentabilidade de Joinville.



Nenhum comentário:

Postar um comentário