domingo, 15 de maio de 2011

CANDIDATURAS QUE NASCEM À FÓRCEPS

A política local privou-nos do surgimento de lideranças verdadeiramente comprometidas com os anseios da sociedade.

Para os que já estão para além da meia idade, que puderam contar com as presenças no meio político de Joinville de homens públicos do quilate de Baltazar Buschle, Helmuth Falgater, Pedro Ivo Figueiredo de Campos ou Wittich Freitag, é mais fácil entender como estes senhores criaram uma espécie de jurisprudência administrativa, transformando promessas de palanque em coisas reais e transformadoras.

Hoje é baixa a credibilidade nas novas lideranças políticas que não são mais forjadas no seio das comunidades, e são totalmente voláteis.

Outras nascem à fórceps, das mãos inescrupulosas dos políticos/coronéis ou de empresários comprometidos unicamente com seus interesses para a obtenção ou manutenção de poder.

O monopólio público da estabilidade de emprego, os benefícios e tutela de grandes empresas, os interesses de corporações, a baixa instrução política e o modelo político partidário impedem o surgimento de novas lideranças legitimamente comprometidas com os destinos mais qualitativos da cidade.

O que se vê é uma nova casta de ocupantes de cargos muito próximos das cenas relacionadas ao empreguismo, aos superfaturamentos e manipulações orçamentárias.

Não são lideranças e não podem ser chamados de administradores, pois mesmo que na vida privada tenham algum sucesso, foi na vida pública que construiram imensos e inexplicáveis patrimônios. Assim, o que se prolifera são alguns operários da fraude, sistematicamente enfiados goela a baixo, manobrando e mobilizando a consciência social e coletiva em discursos “midiaticamente” preparados, porém falsos e sem conteúdo prático.

Por enquanto, pouco podemos esperar para o futuro local se continuarmos a não cultivar nossos valores e identidades que fizrema de Joinville uma grande cidade. Deixamos de ser inovadores e passamos a ser politicamente tutelados por quem tem como única intenção deter o poder, não o poder que representa a ferramenta para a obtenção da justiça social e busca da qualidade de vida, mas apenas uma conspiração para obter  interesses para poucos.

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