quinta-feira, 24 de março de 2011

PONTOS NEGROS EM JOINVILLE


Hoje pela manhã ao dirigir-me ao meu escritório presenciei, novamente, um acidente num dos cruzamentos mais perigosos de Joinville, a Otto Boehm, com Marques de Olinda. A propósito, o eixo da Marques de Olinda é um exemplar perfeito do que não se deve fazer no planejamento viário onde a negligência do poder público municipal (IPPUJ, SEINFRA, CONURB, SEPLAN, etc.) para com os cidadãos joinvillenses está expressa em número de acidentes. Não existem medidas que busquem evitar, ou pelo menos reduzir, acidentes nos principais eixos viários da cidade e, fico imaginando então nos bairros mais populosos como a situação está.

O ponto de partida para elaborar um planejamento adequado no trânsito é pesquisa e informação. A CET em São Paulo divulga os chamados “pontos negros” da capital paulista de forma rotineira oferecendo, no mínimo, uma informação que pode resultar em prudência aos motoristas e pedestres.

Mas aqui, a cidade está abandonada e a única ação voltada ao trânsito que percebo são as blitz da CONURB, que se especializou em caçar níqueis e atrapalhar o trânsito nas mais importantes vias da cidade, em especial a Marques de Olinda.

Em São Paulo, a CET está colorindo os cruzamentos mais perigosos da capital paulista. Lá, 80% das mortes no trânsito são pedestres e motociclistas e uma grande parte dos acidentes ocorrem, nos cruzamentos.

Os pisos coloridos, colocados nos cruzamentos com maior risco, tem o objetivo de chamar a atenção dos motoristas e reduzir a velocidade dos carros. Esta medida já é adotada em outras cidades do país. Para sinalizar a área de pedestres, são usadas as cores vermelho amarelo e verde, em uma área de até 80 metros. Nesse espaço, a velocidade máxima será de 30 km/h, e em algumas situações mais graves haverá também lombadas eletrônicas para reduzir as infrações. No meio da pista são construídos refúgios ou canteiros centrais, onde pedestres possam parar. Ainda não há, porém, prazo para que a medida seja implantada. Porém, talvez a principal medida que poderia ser efetivada aqui é a instalação de um centro de educação para motociclistas, fazendo com que a educação seja mais priorizada, pois é constatado que ações permanentes de educação no trânsito reduzem em até 50% os acidentes com vítimas.
Outra medida interesante é a imlantação desinais coma amrello intemitente, lombofaixa, mini-rotatórias, etc..

Divulgar a listas dos pontos negros de forma sistemática é parte deste processo de educação, pela informação e, o importante é divulgar qual é a causa dos acidentes, mostrando a população os principais erros na condução dos veículos ou no tráfego das vias, inclusive aos pedestres.

Porém, estamos órfãos de planejamento e ações concretas para reduzir os graves problemas de trânsito na cidade. Não apenas isto, sequer dispomos de um Plano de Mobilidade Urbana. A maior cidade de Santa Catarina está há anos luz atrasada em termos das melhores práticas para uma mobilidade urbana, quiçá então a sustentável. Enquanto isto a contabilidade de prejuízos e perdas de vidas segue, porém aqui sem qualquer estatística confiável.


Enfim, quando será que vou poder escrever algo elogioso sobre a administração da minha cidade. Já não disponho mais de paciência...

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