quarta-feira, 23 de março de 2011

NORUEGA... UM EXEMPLO!

"Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de dispensa por gravidez."

"A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IR limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros."

"É tempo de os empresários constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, no Brasil, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica."

"Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários brasileiros pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. EMas principalmente e imediatamente os políticos. Numa crônica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de transporte público, e não se ofendem quando os tratam por "você". Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros top de linha, com vidros peliculados para não dar transparência e serem reconhecidos pelos cidadãos. Os ministros brasileiros fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes."

"Mais: os noruegueses sabem que não se «projeta o nome do país» com despesas faraônicas nem com discursos populistas, basta ser sensato, trasnparente e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade.

Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. Para isto não foi preciso orçamentos de milhões de dólares para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa."

"Até os clubes de futebol noruegueses nunca precisaram pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings pequenos empresários brasileiros montaram alguns negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Ártico, fazia elogios rasgados à «social-democracia nórdica», que lhe assegura viver e dispor de segurança social."

"Ali, naquele país, também há aves de rapina. Mas para as vermos precisamos apontar binóculos para o céu. Não andam de ferrari e óculos escuros. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios."

É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.
 
 
Transcrição e adaptado do post no blog Caçoada.
 
  

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