segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

UFSC NA CURVA DO ARROZ


Ao ler no Jornal A Notícia a matéria entitulada "UFSC volta a sonhar com a Curva do Arroz" (AN.destaque (10/01/2011), ficou ainda mais evidente que a escolha do local para o campus foi por impulso ou outra motivação qualquer, não teve qualquer planejamento ou mesmo um projeto que tenha sido alvo de estudos de viabilidade técnico-econômica haja vista o número de situações e problemas que surgiram após a decretação e pagamento de grande parte da desapropriação. O número de contradições e equívocos já seriam suficientes para um embargo judicial e punição aos responsáveis, pois não podemos esquecer que estes erros serão pagos com dinheiro do contribuinte.

Sob muita pompa a circusntância, a vinda da UFSC, desejada por todos os joinvillenses, foi manchada por uma sequencia de erros e  trapalhadas envolvendo figuras conhecidas do cenário político local e estadual. Neste meio tempo a culpa da escolha equivocada foi atribuída aos críticos, como se eles é que fossem irresponsáveis e perdulários.

Vejamos alguns dos mais destacados problemas na área escolhida, solenemente omitidos pelos governantes e pela direção da UFSC:

  • A desapropriação foi realizada sem que houvesse qualquer análise técnica ou mesmo um projeto básico;
  • Valor da desapropriação foi questionada pelo MPF por suspeitas de superfaturamento;
  • O terreno é, em sua grande parte, uma área alagadiça e de baixa capacidade de suporte, totalmente desaconselhada para ocupação humana;
  • Existem suspeitas sobre a possibilidade do aumento dos alagamentos na região, pois a esta bacia é constantemente alagada em tempos de chuva, fazendo parte da Bacia do rio Jativoca e Piraí;
  • O contorno ferroviario de Joinville corta o terreno ao meio, criando um obstáculo e um problema de ruído futuro;
  • Uma linha de alta tensão corta outra parte do terreno que, segundo um professor da instituição, deverá comprometer o funcionamento de equipamentos de alta precisão nos laboratórios ou, exigirão elevados custos de proteção;
  • Um terreno de propriedade do dono do Posto Sinuelo não havia sido relacionado na desapropriação e, está sob judice;
  • Não há definição do acesso ao terreno. O acesso natural seria a continuidade da Via de Acesso Sul de Joinville, mas para surpresa geral surge a proposta de construção de uma via marginal à BR 101, que poderá colocar em risco a segurança de estudantes, professores e usuários da estrada, com grande probabilidade de causar congestionando e acidentes naquele trecho da BR 101;
Com tantas irregularidades e problemas ficam algumas perguntas não respondidas:

  • Quem foi o idealizador e implantar a UFSC neste local?
  • Porque insistem neste local impróprio, caro, sem infra-estrutura, sem acesso, ambientalmente frágil  e que desperta muitas discordâncias perante técnicos e munícipes?
Não seria a hora de reavaliar a buscar alternativas mais viáveis e sensatas?

Um comentário:

  1. Temos que saber quando foram feitos os pagamentos, são esses os que cometeram esse crime com o dinheiro público e até hoje não foram investigados

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