quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESPELHO, ESPELHO MEU.....

Nesta cidade surge agora um novo modelo de exposição política. É aquilo que chamo de "Complexo de Ciderela". Um novo subterfúgio que visa iludir a população. Portanto, cuidado, atras da beleza pode estar escondido algo não tão bom assim.

Nas recentes exposições de alguns membros da Administração Municipal surgem figuras de linguagem fácil, com atitudes de autoridade reluzente, de mensagens dóceis, mas que não representam, de fato, o poder constituído. O chefe do poder está recluso, permanece na torre sem contato com o mundo exterior, por pura covardia.

Este subterfúgio tenta desviar os assuntos verdadeiros, as pendências que se avolumam e, tudo apenas converge para uma grande praça ou para novas figuras que se tornaram ícones falsos de um governo frágil e sem qualquer densidade. É, na verdade, a criação de uma grande máscara que disfarça a incompetência e a falta de cumprir as responsabilidades dos erros que se repetem a acumulam. Sabem aquele ditado “Diga-me com quem andas e te direi quem és”? Pois é, se tirarmos estas imagens retocadas de fala mansa, saberemos de fato com quem estamos lidando.

Experimente submeter estas pessoas a um período de pressão e você irá conhecê-las de verdade. Elas se tornam agressivas, ficam sem saber o que fazer, perdem o rumo, argumentam que não sabem de nada e não tem culpa de nada, que receberam as coisas ruins dos outros e, tornam-se verdadeiramente chucras. Nem vou entrar em outros detalhes, pois estamos agora num momento de aparelhamento do máquina pública, pois quem se atrever a criticá-la corre o risco de ir para as grades.

Argumentar contra tem cada vez mais exigido capacidade e coragem das pessoas. O processo está mais do que caracterizado. As coisas devem acontecer mais rapidamente do que deveriam sem que haja tempo suficiente para as raízes ficarem firmes, mas principalmente, que haja condiuções de contestação. A consequência? Um fim prematuro.

É curioso nesta cidade como algumas pessoas ligadas ao poder tem dificuldade de olhar em seus olhos.

Trabalho como muitos gerentes públicos e, em minha profissão, é fundamental ter acesso a eles de forma a saber como pensam, o que pretendem fazer e como executar um determinado projeto ou plano. Neste contexto já conheci todos os tipos de personalidades, das mais admiráveis à mais funesta e desprezíveis. Por aqui, estamos com uma linhagem de políticos em patamares muito baixos.

Em todas as situações e com todos, jamais deixo de lado minha personalidade, que foi formada por anos de aprendizado, onde escolhi trilhar um comportamento pautado pela ética, respeito, responsabilidade, sem contudo, deixar de ter a consciência de que também cometo erros mas,  procuro corrigi-los e avalia-los, num permanente processo de autocrítica.

Portanto, não se enganem com as imagens muito fáceis, de fala mansa e muito afáveis. É apenas uma estratégia de despistar a realidade.

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