Qualidade de vida é uma espécie de conceito que muitas vezes parece intangível.
Há muitas formas de entender qualidade de vida, mas a essência tem haver com a saúde física e mental envolvendo padrões de avaliação científicos, mas também relacionados a sensação de bem estar com o meio em que vivemos. Neste contexto poderíamos estabelecer critérios de diferenciação entre qualidade de vida individual e coletiva.
É muito difícil estabelecer uma nota ou um número para medir qualidade de vida como se faz, por exemplo, no PIB ou no IDH. Porém, mesmo que não haja uma classificação, sabemos que é algo real e concreto.
Existem pesquisas científicas sobre qualidade de vida em nível de especialização como na área da saúde, mas é no viver em cidades, no sentido de coletividade, que o tema toma proporções maiores e mais polêmicas. De um ponto de vista simplista poderíamos avaliar qualidade de vida comparando itens que melhoram e pioram a vida das pessoas. Sabe-se, por exemplo, que o consumo não pode ser classificado como um item que melhora muito a qualidade de vida.
- “Buscar felicidade no consumo é como urinar nas calças para se aquecer num dia frio de inverno. Provê apenas uma breve sensação de calor”, é o que diz o Manifesto pela Política da Felicidade, da organização de pesquisa independente Demos, da Finlândia.
Portanto, muitas vezes não é apenas o dinheiro ou a disponibilidade de recursos financeiros que estabelecem padrões de qualidade de vida. Podemos citar a China, onde algumas cidades experimentam um alto grau de crescimento econômico mas, paralelamente, são as cidades mais poluídas do mundo com altas taxas de mortalidade por doenças respiratórias.
A imensa maioria das pessoas que administram o mundo ignora os conceitos de qualidade de vida na definição de políticas públicas. Em geral, poucos são os governantes ou políticos que entendem, leram trabalhos científicos sobre o assunto ou visitaram cidades que experimentam o estado da arte no desenvolvimento sustentável com objetivo precípuo de melhorar a qualidade de vida coletiva. Em geral, são absolutamente leigos ou ignorantes neste tema, porém são experts em estabelecer e criar impostos, novas forma de receitas e medir o PIB como única fórmula de entender desenvolvimento. È deste entendimento torpe que surgem adjetivos como “pujança”, voltado apenas a valores materiais e financeiros, numa alusão a força e poder que são elementos duvidosos se voltados à qualidade de vida.
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