O que diferencia a polêmica do “Buracoville x Nossaville”, exposta no jornal A Notícia deste domingo.
A opinião exposta pelo procurador David Lincoln, na minha visão, trata das obrigações inerentes aos governantes que tem por de dever e compromisso de jramento cuidar da cidade, oferecendo segurança, saúde, educação, infraestrutura, espaços de vivência e sociabilidade e bons serviços públicos com a qualidade na qual expõe na propaganda oficial que sempre enaltecem suas ações e obras como as melhores. Se olharmos nossa cidade de forma crua, sem paixões, a veremos mal tratada, um descuido que não é unicamente responsabilidade do atual governo, mas uma somatória de dez anos de devaneios, soberba, autoritarismos, malversações e incapacidades. Desta visão nasceu a “Buracoville”.
A cidade da secretaria municipal Rosemeri Comandolli, que surge como “Nossaville”, é uma versão que quer nos levar ao ufanismo, uma atitude comum de grupos que enaltecem o potencial do lugar, suas belezas naturais, riquezas e potenciais, etc., etc., etc.. Por carecerem de argumentos mais concretos para contrapor as visões contrárias, apelam e extrapolam em querer se vangloriar desmedidamente do pouco realizado e buscam os atributos e riquezas locais, como se as tivessem produzido. Esquecem de duas coisas importantes.
Primeiro, a sociedade e os seus cidadãos tem uma visão dos acontecimentos e do cotidiano muito mais real e diferente dos que governam e, como contribuintes e eleitores, devem e podem fazer suas críticas ou elogios.
Primeiro, a sociedade e os seus cidadãos tem uma visão dos acontecimentos e do cotidiano muito mais real e diferente dos que governam e, como contribuintes e eleitores, devem e podem fazer suas críticas ou elogios.
Segundo, Joinville conta com um enorme passivo de obras de infraestrutura e serviços essenciais de qualidade. As obrigações e compromissos são eleitas pelos governantes como algo especial, algo que tenha maior valor do que sua real função e, pouco do que foi identificado como grandes realizações do atual governo sequer esta próximo da conclusão.
É certo que Joinville é nossa, não do governo. Ao governo cabe a função de cuidar dela, de seus habitantes e do imenso patrimônio aqui instalado.
A secretária afirmou que não havia informado ao prefeito sua opinião, entendida como a resposta do governo. Fica mais evidente o distanciamento intencional de um Prefeito que não reaje ou mostra a sua face nos diversos momentos polêmicos que seu governo enfrentou nestes últimos 30 meses. Curioso como este prefeito não concede sua presença em reuniões públicas, salvo aquelas que lhe assegurem alguma vantagem, demonstrando ser um sujeito de personalidade e atitudes esquivas e, em certas situações, carentes de coragem. É um governo de prepostos e porta-vozes, quase todos de fala fina, suave e leve, mas também emblemáticamente ambíguas.
Não assumem os erros e sempre procuram outros para depositar as responsabilidades. Me parece que tentam seguir o modelo de blindagem ao qual o presidente Lula se notabilizou, protegendo-se dos escandalos e dos momentos mais tensos do governo. Quando nada mais é possível, buscam levar-nos ao ufanismo, um artifício que experimentamos na ditadura militar, momento em que surgiram diversos slogans buscando desviar a sociedade da realidade, que é crua e fática. “ Joinville, Ame-a ou Deixe-a”
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